segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SEM PERDÃO!

Esses versos surgiram em resposta a uma amiga poetisa que num rompante enviou-me uma poesia e depois desculpou-se...rsrsrs...


(Rouseane Paula)



Nem perdão, nem caridade
Não, eu não te perdôo
por derramar tanta poesia na tela do meu computador
tamanha visceralidade
pra depois esbarrar na parede da racionalidade!


Preocupar-se em explicar o ininteligível...
E na cara mais descabida, e diria tambem, lambida
ousar um e-mail enviar
para desculpar-se
por me presentear!


Quer que eu entenda seus rompantes?
Entendo não, eu os acolho e amo!

Desapegue!
Desapegue do seu ego
desapegue do seu sexo
desapegue dos seus medos
mande pro cacete seus receios e pudores!
Desapegue...

Esfregue versos
nas paredes desse nosso cotidiano cinza!
Para com as cores telmianas fazer parte do nosso dia,
invadir nossas casas e colorir nossas vidas.

Desapegue!
Esfregue!
Regue!!!

Regar o verde que viceja por entre os muros de nossos dias,
Jogue agua mesmo, escorra poesia,
emprenhe nosso ser de novos versos,
cá estou a soltar a poesia repressada em minh'alma!

E se for pra falar de desapego,
deixe o seu atrás da porta,
como fazemos com aqueles que nao queremos em casa
transforme os seus pudores numa vassoura e deixe-os lá!


Porque a vassoura não serve mais pra varrer...
a vassoura das almas regadas, desapegadas e esfregadas
serve para voar!!!
By Rouse da Quinta

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Na gangorra dos nossos dias...


Tal qual uma gangorra da infância,
a vida se apresenta assim:
por vezes estamos com os pés no chão,
por vezes com a cabeça nas nuvens!

Meus modelos, sonhos
tudo que criei em meus dias de infância,
castelos e principados!
E muitos, muitos "felizes para sempre"!

Agora voltemos a ser criança
e agarrar o que nos escorre pelas mãos,
segurar firme,
sentir os pés pendurados
pelo movimento do outro.

Quando pensamos que estamos seguros
vem o frio na barriga,
e sentimos o vento no rosto novamente!

Viver é isso...
acolher o medo,
soltar ou segurar o choro.
Gargalhar até faltar o fôlego,
rir à beira das lágrimas.
na poética dos altos e baixos,
nessa gangorra cotidiana.


Tão gostosa quanto um sorvete misto de baunilha com chocolate!
Gostosa como um Romeu e Julieta, queijo e goiabada!
Gostosa como...como tudo que é bom, e por isso mesmo, é duplo, é em dobro! 
Afinal, os finais felizes também nos fazem lacrimejar...