quinta-feira, 24 de junho de 2010

É servir a quem vence, o vencedor


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É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
(Luís Vaz de Camões)
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Aquela foto que usas uma camisa branca, cabelos ao vento... É assim que te vejo: imensamente livre. E o que sinto por você também é livre e gratuito: Metade de mim é desejo, a outra é medo.
Quero ser mãe de um filho seu; mas antes de dedicar-nos ao cultivo de outra vida, preciso conhecer Paris, estar em Istambul, caminhar em Londres, sentir o vento frio de Nova York, patinar em Vancouver. Ao mesmo tempo, fico pensando, como seria bom tê-lo ao meu lado nesses lugares.
Quero saber do seu dia, se está bem, ouvir sua voz, seu riso; mas preciso estar só ou apenas com meus livros, minhas músicas e amigos. Pra sentir sua falta e novamente, te querer.
Quero cultivar capim-santo pra sorver um chá na varanda de casa, fitando a xícara entre minhas mãos, ao cair da tarde; mas também quero dançar até a madrugada agarradinha em você.
Quero ouvir o riso das crianças no parquinho e te amar entre gemidos e mordidas até desfalecer exausta em teu ombro, amado.

Metade de mim quer sempre partir; a outra metade cada vez mais se aconchegar.