Quero estar contigo/
como estás comigo/
nas primeiras horas da madrugada.
Vem, dá-me tua mão...
Aos pés das tuas muralhas/deposito meus véus,
Meus lábios se perdem por teus signos,
tão sou e tua nada sou.
A cortesã leva aos lábios o cálice das tuas dores.
Delicioso Baco, percorres meus átrios,
desordenando meus passos,
com teus olhos de castanho esverdeado
sonda os milenares segredos da minha alma ébana.
Num arroubo: um beijo,
desejos subterrâneos se tornam sussurros
Por aquela que ama-te no intervalo de um abraço.
Deixas a cidadela,
envolto no manto da manhã,
e sela com teu beijo,
o fim do anoitecer, além do portal.