quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Derivando encontrei Kevin Carter...

Não sei como, mas derivando...aportei nesta foto premiada do Kevin Carter.
Logo no wikipédia encontrei informações sobre o ilustre fotógrafo.



Kevin Carter (13 de setembro de 1960 – 27 de julho de 1994) foi um premiado fotógrafo jornalístico do Continente Africano e membro do "Clube do Bangue-Bangue".

Em março de 1993, Carter fez uma viagem para o sul do Sudão. O som de choramingar macio perto da vila de Ayod atraiu Carter a uma criança sudanesa. A menina havia parado para descansar ao esforçar-se para chegar a um centro de alimentação, onde um abutre tinha aterrado próximo. Ele disse que esperou aproximadamente 20 minutos, esperando que o abutre abrisse suas asas. Não o fez. Carter tirou a fotografia e perseguiu o abutre para afastá-lo. Entretanto foi criticado por somente estar fotografando e não ajudando a pequena menina.

A foto foi vendida ao The New York Times onde apareceu pela primeira vez em 26 de março de 1993. Praticamente durante a noite toda centenas de pessoas contactaram o jornal para perguntar se a criança tinha sobrevivido, levando o jornal a criar uma nota especial dizendo que a menina tinha força suficiente para fugir do abutre, mas que o seu destino final era desconhecido.
Em 2 de abril de 1994 Nancy Buirski, um editor estrangeiro de fotografias do New York Times, telefonou para Carter para informar que ele tinha ganho o mais cobiçado prémio de fotografia. Carter foi premiado com o Prémio Pulitzer por Recurso Fotográfico em 23 de maio de 1994 na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque.

E então: Somos o que somos ou o que temos?
Onde está o humano que habita em nós?
Ou não habita mais e se mudou?
Mudou? Pra onde?
Não deixou nem recado pra família?

Pensemos nisso ao desejarmos o novo lançamento dos automóveis asiáticos,
Pensemos nisso ao reclamarmos do que  acumulamos ao longo dos anos.
Não precisa pensar muito pra não desesperar, mas este é o mundo que fazemos parte.
Eu, pessoalmente, busco construir meu mundo nas limitações que tenho
não sou melhor que ninguém, exemplo pra nada.

Mas que tal se mover ao menos pra refletir?
E acredito que a África pode estar muito longe pra você que me lê, mas certamente há abutres aos montes  logo ali na esquina.

Luzes pela janela...

Que em nossas almas só luzes habitem
porque fomos feitos para iluminar o mundo
Sede sal da terra
e luz do mundo.
Sou filha da Luz
e na Luz quero estar
Amarguras, medos, travas
deixo todas para trás
Basta! Quero luz!


Sol da manhã que traz consigo
o fôlego de um novo dia
de um novo amor
um fôlego para novas possibilidades.


 

do preto no branco
das regras e metragens
quero ser livre
para criar, expandir, amar,sorrir.








A cada janela que se abre
uma lufada de vento
ar puro para jogar longe a poeira dos dias
a escuridão da noite.

 

Utopia? Polyana? Jogo do Contente?
Podes nominar como quiseres
é isso que quero em minha vida,
hoje e sempre!
E se ao meu lado quiser estar
respire fundo para receber o beijo da vida
a cada amanhecer que adentra pelas janelas da alma.
Amém!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A criança é um sorriso de Deus para a humanidade

Hoje tive oportunidade de vivenciar momentos cercada de crianças. Quem me acompanha de perto sabe o quanto isso é dolorido, desde que meu filho se mudou. Mas, a vida acontece assim...ela segue seu rumo a despeito das nossas lágrimas, e de repente, nos vemos sorrindo com um gosto salgado ainda nos lábios.

Sábado, 8h da manhã - Como fui convidada a ser madrinha de Batismo, bem cedinho estava na Igreja com minha afilhada e sua família. Quem me conhece de perto, sabe o quanto isso me faz feliz, porque sabe o quanto sou "carola", "beata" e rezadeira...rsrsrs...minha mãe me chama de Zefa de Domingos. Era o nome da senhora que na sua cidade, no interior, praticamente um vilarejo, zelava pela Igreja. Eu me sinto honrada com essa alcunha, minha mãe nem desconfia disso.(rs)

Sou uma "carola" - uso esse termo, até perjorativo, pois é como as pessoas vêem aqueles que se dedicam a oração e a espiritualidade cristã católica - E isso está tão demodé, moderno é ser espiritualista...velas, incensos, chackras, equilíbrio...e como diria o mestre do Kung Fu Panda:paz interior...zzzzzzzzz...Nada contra. Tenho velas, incensos, elefantes em casa...Todavia, tenho discernimento e fiz escolhas - rezo o terço, medito à luz da Sagrada Escritura, adoro a Eucaristia. Careta, e daí? Sinto necessidade de pisar firme, e essa é a minha rocha, minha Pedra Angular.

O ritual do Batismo foi belíssimo...A mãe da minha afilhada, atualmente, minha comadre cria sozinha suas duas filhas, com honradez e muito trabalho. O padre, quando teve oportunidade, e foi no altar, ao término da cerimônia, perguntou: Onde está o pai? A mãe respondeu baixinho: - Não mora conosco, não quis as filhas. O padre replicou:Oh, raça...Deus te abençoe, minha filha! É bom registrar esse momento de doçura, porque tanto se alardeia sobre aqueles que, mesmo na Igreja, esquecem o sentido da misericórdia do Amor de Deus que ama a todos sem acepção de pessoas. E levam o tempo a repreender. Minha afilhada, aos 4 anos, estava encantada era com o vestido novo, com a vela acesa trazida pelo padrinho...mas, um dia verá fotos de um momento em que pessoas indicaram-lhe um Caminho, dentre muitos que existem disponíveis.

9h30 - Quase que em seguida a cerimônia precisei sair com o meu cumpadre, para buscarmos sua ex-namorada que dera à luz a uma menina, e estava de alta. Imaginei o constrangimento dele e disse-lhe: Deus é Pai. E nós, somos como crianças que quando quebramos nosso brinquedo favorito, pedimos choramingando: - Pai arruma aqui pra mim...quebrei, mas foi sem querer...
Ficamos perto, aguardamos ansiosos, as mãos que se mexem para consertar. O pai amoroso logo arruma um jeito de fazer funcionar. E diz: - Não está como antes, mas ainda dá pra você brincar. E a gente corre feliz gritando: - obrigado Pai! Assim é Deus. Ele arruma nossa vida, mesmo em meio as nossas mancadas.

10h20 - Ao chegarmos à maternidade, uma senhora caminhava com um pequeno esquife nas mãos, ao lado de um casal que silencioso, entrou num táxi. Não havia choro, nem desespero, mas não era preciso falar nada para perceber a dor daquele momento. Como age um casal que chega em casa e encontra o quarto do bebê à espera de quem não veio ou não pôde ficar?

11h - Horário da visita. Tive o prazer de conhecer a pequena recém-nascida, e de num cortejo semelhante aos Reis Magos, deixá-la em sua casa. Todos muito jovens, os pais e as mães com pouco mais de 20 anos. Tudo muito simples, muito humilde, mas com muito amor.

A ex-namorada que deu à luz, a mãe solteira que batiza a filha; o pai que busca na maternidade, mas não é mais companheiro; o que foi companheiro e agora não é mais pai...

Tantos desencontros, tanta vida...E muita esperança, porque a criança é um sorriso de Deus para conosco!


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Além-mar, além-dor...



Amores antigos também merecem ser revisitados, além das suas dores, mas especialmente em memória ao que foi bom, porque um dia foi amor com "A" maiúsculo. Isso não é saudade, é apenas revisitação.
Talvez seja porque sarou tudo, zerou! E podemos tocar de leve uma cicatriz, como na infância, uma marca que nos lembra que além da dor, dos joelhos ralados, houve um passeio de bicicleta, uma tarde com jujubas, houve riso e vida, acima do bem e do mal: uma história!
Talvez seja um momento de congruência do ser.
Remei neste oceano, sem remos, sem fôlego, por anos, até chegar esse momento de reconhecer, que além-dor,  toda pessoa que passa em nossas vidas leva um pouco de nós e deixa um pouco de si, sempre! E você deixou meu vestido da cor do seu pensamento...

Vento solar estrelas do mar

A terra azul da cor do seu vestido

Vento solar e estrelas do mar

Você ainda quer morar comigo?



Se eu cantar, não chore não, é só poesia

Eu só preciso ter você por mais um dia

Ainda gosto de dançar bom dia, como vai você?



Sol girassol, verde vento solar

Você ainda quer morar comigo?

Vento solar e estrelas do mar

Um girassol da cor de seu cabelo



Se eu morrer, não chore não

É só a lua, é seu vestido cor de mar

É filha nua ainda moro nesta mesma rua

Como vai você?

Você vem, ou será que é tarde demais?

O meu pensamento tem a cor do seu vestido/como um girassol que a cor de seu cabelo...
(Lô Borges - Clube da Esquina)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Desejo a você - Drummond (Belíssimo!)

"Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.

Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel...
E muito carinho meu".

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SEM PERDÃO!

Esses versos surgiram em resposta a uma amiga poetisa que num rompante enviou-me uma poesia e depois desculpou-se...rsrsrs...


(Rouseane Paula)



Nem perdão, nem caridade
Não, eu não te perdôo
por derramar tanta poesia na tela do meu computador
tamanha visceralidade
pra depois esbarrar na parede da racionalidade!


Preocupar-se em explicar o ininteligível...
E na cara mais descabida, e diria tambem, lambida
ousar um e-mail enviar
para desculpar-se
por me presentear!


Quer que eu entenda seus rompantes?
Entendo não, eu os acolho e amo!

Desapegue!
Desapegue do seu ego
desapegue do seu sexo
desapegue dos seus medos
mande pro cacete seus receios e pudores!
Desapegue...

Esfregue versos
nas paredes desse nosso cotidiano cinza!
Para com as cores telmianas fazer parte do nosso dia,
invadir nossas casas e colorir nossas vidas.

Desapegue!
Esfregue!
Regue!!!

Regar o verde que viceja por entre os muros de nossos dias,
Jogue agua mesmo, escorra poesia,
emprenhe nosso ser de novos versos,
cá estou a soltar a poesia repressada em minh'alma!

E se for pra falar de desapego,
deixe o seu atrás da porta,
como fazemos com aqueles que nao queremos em casa
transforme os seus pudores numa vassoura e deixe-os lá!


Porque a vassoura não serve mais pra varrer...
a vassoura das almas regadas, desapegadas e esfregadas
serve para voar!!!
By Rouse da Quinta

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Na gangorra dos nossos dias...


Tal qual uma gangorra da infância,
a vida se apresenta assim:
por vezes estamos com os pés no chão,
por vezes com a cabeça nas nuvens!

Meus modelos, sonhos
tudo que criei em meus dias de infância,
castelos e principados!
E muitos, muitos "felizes para sempre"!

Agora voltemos a ser criança
e agarrar o que nos escorre pelas mãos,
segurar firme,
sentir os pés pendurados
pelo movimento do outro.

Quando pensamos que estamos seguros
vem o frio na barriga,
e sentimos o vento no rosto novamente!

Viver é isso...
acolher o medo,
soltar ou segurar o choro.
Gargalhar até faltar o fôlego,
rir à beira das lágrimas.
na poética dos altos e baixos,
nessa gangorra cotidiana.


Tão gostosa quanto um sorvete misto de baunilha com chocolate!
Gostosa como um Romeu e Julieta, queijo e goiabada!
Gostosa como...como tudo que é bom, e por isso mesmo, é duplo, é em dobro! 
Afinal, os finais felizes também nos fazem lacrimejar...